segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Same Old Christmas




Era dia 24 de dezembro.
Olhei pela janela, uma neve fina caía, fazendo companhia à espessa camada que cobria todo o jardim, a caixa de correio e a minha casa solitária. Eu embaçava o vidro com a minha respiração e fazia desenhos abstratos com a ponta do dedo, enquanto pensava o que esse último ano havia significado para mim.
Eu estava sozinha. Essa conclusão me mostrava que eu não havia feito escolhas corretas durante o ano. Deixei de fazer o que queria por medo e comodidade. O Natal era amanhã, mas a magia havia terminado para mim.
Queria eu ter tido coragem para me desculpar com meus pais, antes que eles partissem para um lugar onde eu não poderia os encontrar. E o que mais doía em mim, é que eu tive oportunidade de fazê-lo, dias antes. Mas eu ignorei os pedidos que meu coração fez e me fechei para o mundo. E, agora, tudo que eu via era uma neve cintilante e tudo que eu tinha era uma xícara de chocolate bem quente para tentar aquecer um pouco meu espírito.
Meu coração apertou mais ainda quando percebi que havia feito a mesma coisa com Josh. Foi amor a primeira vista. No momento em que o vi pela primeira vez, tive certeza de que eu nunca mais amaria alguém daquele jeito. Mas, como tudo que passa por mim, deixei-o partir.
Larguei o chocolate quente sobre a mesa e me dirigi para fora, sentindo um calafrio causado pela brisa gelada. Encolhi-me, enquanto andava pelas ruas geladas de Londres. Enfim, realizara meu sonho de morar na cidade que eu julgava a mais linda do planeta, porém, agora eu percebia que a cidade se tornava cinzenta e sem vida quando não havia mais ninguém para compartilhar daquela beleza.
Cheguei em uma praça calma que, estranhamente, me pareceu aconchegante. Sentei em um banco frio e comecei a analisar as poucas pessoas que estavam espalhadas por aquele lugar.
Havia uma pequena garotinha que construía bonecos de neve, com a ajuda de outro garoto, que pela semelhança, parecia seu irmão.
Sorri involuntariamente com a cena, mas foi um sorriso triste, ao lembrar-me que eu nunca havia construído um boneco de neve. Tanto tempo convivendo com a neve clara de Londres e eu nunca tive tempo de fazê-lo. Sempre colocando os compromissos acima da diversão, esquecendo-me de viver.
Meu pai costumava tentar começar guerras de bolas de neve comigo constantemente. Porém, eu achava isso uma perda de tempo. Quisera eu saber que um dia eu faria qualquer coisa para ter um tempo assim com meu pai. E que esse dia não demoraria a chegar. Uma guerra sem vencedores e feridos, uma guerra que envolve apenas muito amor e a chama do Natal que nunca se apaga.
Saí dos meus devaneios e voltei minha atenção às duas crianças. Elas pareciam estar sozinhas na praça e ter poucos agasalhos para o frio cortante que fazia naquele fim de tarde. Sem me importar se pareceria ridícula ou não, me aproximei delas e perguntei, receosa, se poderia as ajudar na construção do boneco. Elas pareceram animadas com a idéia e logo começaram a dar ordens de como o trabalho deveria ser feito. Eu sorri verdadeiramente, pela primeira vez, naquela véspera de Natal. Estávamos indo muito bem, ignorei totalmente o fato de já ser uma adulta e comportei-me como uma verdadeira criança. O clima de felicidade só pareceu se dissipar quando eu perguntei aos pequenos onde estavam seus pais.
Eles se entreolharam, nervosos e me narraram uma longa história, mas antes, me fizeram prometer que não contaria nada a ninguém. Os dois contavam, em tons de sussurro, que passaram por uma verdadeira aventura para chegar ali. Haviam fugido do orfanato em que moravam, pois detestavam aquele lugar, porém agora, não sabiam onde deveriam ir e nem o que fazer. Mas ambos concordavam que qualquer lugar seria melhor do que o orfanato.
Eu tive que concordar mentalmente. Crescer em um orfanato deveria ser terrível. Eu, que sempre tive doces pais ao meu lado durante quase toda a minha vida, sabia o quanto doía estar longe deles agora.
Naquele momento, resolvi mudar drasticamente o meu Natal. Ele estava programado para ser o mais solitário e vazio da minha existência, mas eu não poderia deixar isso acontecer, sabendo que poderia transformar, para melhor, não só o meu Natal, mas o de outras pessoas também.
Convidei as crianças e as levei para minha casa. Mas eu sabia que não poderia fazer isso sozinha.
Apertei a campainha da casa de Josh. Ele pareceu surpreso ao me ver.
- Você... Voltou. – Ele constatou admirado.
Não fiz mais nada além de abraçá-lo. Eu costumava sempre ir embora, me esconder, com medo de cair. Porém, eu não deixaria isso acontecer dessa vez. Não iria ter outro arrependimento. Não tive tempo de pedir desculpas aos meus pais, antes que eles fossem embora. Dessa vez, faria tudo diferente.
- Desculpe, Josh. – Murmurei. – Não quero ficar longe de você. Não vou mais fugir.

As crianças gostaram de Josh quase imediatamente. Ele era uma pessoa fácil de simpatizar. Fácil de amar.
Os deixei por um instante na sala, brincando e conversando. Parei em frente à janela e olhei de esguelha para o relógio. Meia noite. Sorri. Não pude deixar de agradecer pela magia do Natal.
Toda a magia só depende de você.


Resolvi postar outro conto meu aqui no blog. Adoro contos de Natal, acho verdadeiramente que existe muita magia nessa data. Feliz Natal para todos os leitores do meu blog! :)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Eternity




Sou o riso exagerado. Uma gota de orvalho sobre uma flor esquecida. O caminhar tranqüilo em um dia nublado. Sou a nostalgia daquilo que não se pode apagar. Sou um doce deletério, sou a verdade que te incomoda. Às vezes sou a ventania, às vezes sou a brisa fresca da manhã. Sou frágil como a rosa, porém posso ferir com os espinhos. Sou a melodia sem letra que emana do violão de um sonhador. Sou a consciência de quem está partindo, sou o desespero de quem se vê perdido. Sou a luz fraca que ilumina a escuridão, porém posso ser o breu que varre a noite. Sou a esperança de quem perdeu um sonho e o pessimismo que mantém os pés no chão. Sou amarga como o remédio, porém posso curar. Sou inconstante e imprevisível, sou o nervosismo. Sou o abraço que dura mais que cinco segundos, sou os beijos calorosos, sou a despedida. Sou a escuridão do céu, sou a dor, sou o passado. Sou a sensação de rever amigos de infância, de escutar a música preferida, de cuidar de um animal machucado. Sou a chuva inesperada, o conselho que você não quer seguir, a lembrança que você faria qualquer coisa para esquecer. Sou o brilho que desvanece, a chama que oscila entre apagar e ficar acesa.

sábado, 27 de novembro de 2010

Lost in nightmares



O verbo "perder" nunca é visto com bons olhos, não importa a ocasião. Perder algo ou alguém é sempre desesperador. Perder uma competição, perder um amigo, perder um objeto especial, perder um amor, perder uma oportunidade e, o pior, perder tempo. Fico assustada ao pensar que posso perder algo que julgo indispensável e, às vezes, é o que acontece. Depois de perder certa coisa que acreditava ser imprescindível, inicialmente, você pode se desesperar, não saber como lidar com a perda, se perguntar a razão de ter que viver sem o que é importante para você. Porém, o tempo passa e você começa a perceber que o que você julgava tão importante era, de fato, apenas um detalhe. Com o tempo você aprende a lidar com as perdas, por mais freqüentes e dolorosas que elas sejam. É possível suportar qualquer perda, a única perda insuportável é quando alguém perde si mesmo e se esquece de quem é.
Todos descobrem um dia que o que é nosso de fato, caso resolva partir, sempre acaba voltando, cedo ou tarde. Milhas podem ser cruzadas facilmente quando o destino se encarrega de devolver o que nos pertence. Entre esses pertences, os sonhos são aqueles que dependem da nossa vontade e que devemos agarrar com todas as nossas forças e impedir que eles se percam. Algumas perdas são inevitáveis, mas as que dependem de nós, não devem ser apagadas como um escrito na areia. Você controla a maré e tem a chance de alcançar qualquer estrela do céu.

"As coisas que perdemos acabam voltando para nós no final, mas nem sempre da forma que esperamos." (Luna Lovegood - Harry Potter e a Ordem da Fênix)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

If I was young



Desculpe a petulância, caro leitor, mas eu acabo de descobrir o problema do mundo. São as pessoas.
A verdade é que, sem as pessoas, o mundo seria perfeito. Porém, admito que o mundo perderia graça sem elas. Eu não gosto de generalizar, por isso quero esclarecer que o problema do mundo não são exatamente todas as pessoas. O nome do grupo que estabelece esse caos generalizado são conhecidos, popularmente, como adultos.
Eu sei o que você deve estar pensando: as crianças parecem muito mais problemáticas, correndo pelo pátio, quebrando objetos, vendo a felicidade em um brinquedo qualquer. É justamente por isso que os adultos são seres tão errôneos! Por deixarem de fazer e pensar coisas desse tipo.
Acho importante ressaltar também que quando uso o termo "adultos" não estou falando de quantos aniversários você já celebrou. Minha verdadeira preocupação é com as pessoas que esqueceram de como é ser criança, que esqueceram que passar um tempo com a família é mais importante que concluir um relatório, que assistir uma apresentação do filho na escola vale mais do que assistir a um teatro estrangeiro, que é possível viver bem sem destruir todas as florestas e que, principalmente, tudo o que você precisa para viver, você já tem e está dentro de você! Depois que abandona a infância, o ser humano tem a tendência a buscar todas as respostas para a vida baseado no lucro e na ganância irrefreável, esquecendo-se do que é, de fato, importante.
Perder o brilho no olhar e abandonar o que te fazia feliz há algum tempo é a pior perda que pode acontecer na vida de alguém. E essa perda afeta o mundo, também. Se todas as pessoas crescessem, porém mantivessem vivas dentro de si a criança que foram um dia, com todos os sonhos e desejos de viver feliz sem precisar de muita coisa, conquistaríamos tudo que almejamos. Afinal, não é à toa que dizem que a infância é melhor fase da vida.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Souls like stars



Somos mais de seis bilhões de pessoas no mundo. Cada uma dessas seis bilhões de almas caminham por este mesmo solo, onde já caminharam milhões de outras almas. Estes pontos de luz, dispersos pelo vasto cenário de nossa existência, trazem dentro de si um conjunto imensurável de experiências. Pode-se dizer que somos seis bilhões de seres que acordam todo o dia, enfrentam a rotina, levando conosco os sonhos que, às vezes, ameaçam se perder e não ganhar vida. Mas o que nos faz acordar todo dia são justamente esses sonhos. Um homem não é nada quando não tem anseios ou objetivos. Os sonhos nos impulsionam para algo maior. Que mundo é este, que não reconhece o valor de um sonho? O que você mais encontrará ao longo de sua vida, serão pessoas que lhe dirão que não vale a pena guardar esperanças e que dificilmente você conseguirá alcançar aquilo que almeja. Porém, antes de ouvir qualquer outra pessoa, você precisa aprender a ouvir a si mesmo. A voz mais sábia é aquela que vem de dentro do coração. Você não deve procurar a felicidade em viagens, em bens materiais ou em pessoas - tudo está dentro de você. Da mesma forma que existirão paisagens inóspitas e céus nublados, haverá dias em que as estrelas tomarão o seu lugar na imensidão. Seis bilhões de almas. Tudo que você precisa é encontrar o seu lugar nessa imensidão que chamamos de vida, exatamente como uma estrela, que não perde seu brilho apenas por ser mais uma luz entre milhares.

sábado, 28 de agosto de 2010

Tired of all this world




Você simplesmente cansa da rotina. Cansa de acordar todo dia, ver as mesmas pessoas, conviver com a mesma realidade desgastante. Cansa de conviver com pesadelos contínuos que não fazem parte da ficção. Cansa de dias vazios, cansa de deitar a cabeça sob o travesseiro e passar a noite acordado pensando no que fazer para sair desse caos. Cansa de tanta hipocrisia, de sorrisos falsos, de palavras sem sentido. Cansa de ouvir músicas tristes. Cansa de olhar pela janela e não ver nada além do que vê todo dia. Cansa de não demonstrar emoções, cansa de ser uma marionete articulada pela usualidade.
Cansei de só te ver ir embora, de só acenar enquanto seus passos te levam para longe de mim. Cansei de não conseguir dizer uma palavra, de não conseguir provar que tudo que eu não digo é verdade, de desaparecer como as estrelas quando amanhece, de me encolher quando você me vê. Cansei de ser receosa do que pode acontecer, cansei de contar carneirinhos para conseguir dormir, das noites em claro, dos feriados vazios. Cansei de não querer mais nada, de sorrir sem vontade, de esperar por algo que não virá. Cansei de ter esperanças, de olhar pela janela e não te ver. Cansei de lamentar, de chorar, de drama. Cansei de tudo aquilo que corrói, do desgaste que a rotinha traz, dos anseios que não se realizaram. Cansei dessa cidade pacata, mas cansei também do agito sem você. Cansei de sonhar, estou farta de estrelas sem luz. Cansei de amar você, mas meu coração ainda não cansou.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Live in the past




Comecei a me perguntar o que fizeram com o amor. Banalizaram-o de tal forma, que não podemos mais distinguir o que é amor e o que é mentira. Quando vejo pessoas que se conhecem há um dia dizendo “eu te amo”, me pergunto se, em apenas um dia, esta pessoa já conheceu tudo sobre a outra. Em um dia. Levamos toda uma vida para conhecermos a nós mesmos. Desenvolvemos amor-próprio porque estamos todo dia, nesse autoconhecimento. As pessoas confundem admiração com amor. Confundem o simples fato de conviver com amizade. Confundem tristeza com antipatia. E assim seguimos, pessoas vivendo em um mundo abstrato, totalmente confusas, sem saber direito o que sentem e, conseqüentemente, o que dizem.
Há alguns anos, as coisas costumavam ser bem diferentes. Você não dizia que amava alguém sem antes ter a certeza de que isso era verdade. Você não chamava alguém que mal conhecia de amigo. Estranho pensar em um mundo que parece ser tão diferente da nossa realidade. Não se falava tanto em divórcios, as pessoas valorizavam mais a família, não diziam sentir falta de alguém que não conviveram tempo o bastante para realmente sentir.
Não estou dizendo que era tudo perfeito. Não eram só vestidos rodados e verdades que moldavam alguns séculos atrás. Porém, penso nas histórias magníficas que se desenvolveram há alguns anos. Um cenário que inspira, por exemplo, Shakeaspere a escrever Romeu e Julieta. Ou então, a época do Romantismo, em que se morria de amor. Não como hoje, que dizem matar por amor. Vemos nos noticiários, famílias desestruturadas, mães que matam os próprios filhos, pais que matam as esposas. E como defesa, ainda utilizam o argumento de que fizeram isto por amor. Tão contraditório, pois em um ato deste, tudo que se percebe é a ausência do amor. Então eu penso, aonde foi parar todo aquele encanto aonde as pessoas seriam capazes de morrer pelas pessoas que amam? Eu mesma respondo: Isso ficou para os filmes. Ultimamente, o único amor imortal é o que cada um sente por si mesmo.
Não quero generalizar. Ainda existem alguns espécimes raros de coração. Pessoas que são movidas pelo que tem de bom dentro de si. Pessoas pelas quais ainda vale a pena guardar as esperanças de resgatar um pouco desse sentimento. Espero a dádiva de ver um amor que seja real e não obra da ficção ou do dia-a-dia de mentes confusas.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Friendship




Às vezes, precisamos de uma data para nos lembrar a tamanha importância que algumas pessoas têm em nossas vidas. O tempo se arrasta rapidamente e, por vezes, nos esquecemos de agradecer a presença de pessoas que transformam nossos dias, oferecendo um ombro amigo quando a tristeza nos invade ou fazendo que nossos sorrisos se transformem em verdadeiras gargalhadas. São estes, anjos que comumente chamamos de “amigos”.
Ninguém consegue viver sozinho. Precisamos de companhias, de alguém para dividir momentos e sonhos. Há situações na vida em nos sentimos perdidos, onde nada mais faz sentido. Nessas horas, percebemos o verdadeiro sentindo da amizade. Pessoas que te trazem novamente para a realidade e não permitem que você se perca em devaneios ou que se feche em seu próprio mundo.
Seis bilhões de pessoas no mundo. Obviamente, você não tem a chance de conhecer todas elas. Mas encontrar nessa multidão alguém que te entenda e queira seu bem, é relativamente difícil, raro, quase mágico. Tantas pessoas passam por você todos os dias, tantas pessoas que você conhece há anos e que não acrescentam nada, não te fazem ficar alegre, não se importam com o que você sente. Já pensou o quão importante é o momento em que você encontra pessoas que te deixam a vontade, a quem você não precisa medir palavras? Amigos brigam, gritam e xingam. E, depois, como se nada houvesse ocorrido, voltam a se falar, com a amizade ainda mais forte, beirando ao indestrutível.
Um dia, você poderá se esquecer das pessoas que já foram importantes pra você. Porém, jamais se esquece como outra pessoa nos fez sentir.

Obviamente, quero dedicar esse post a todas aquelas pessoas que me fazem sentir bem, aqueles amigos que eu sou grata por ter encontrado: a Carol, o Bruno, a Maiara, o Pedro, o Ander, a Amanda, a Ana Flávia, a Bianca, o Tom, a Camila, a Naty, a Angeline, a Thaís, a Taiane, a Cris... E claro, aqueles amigos que eu ainda não tive a oportunidade de conhecer pessoalmente, mas me fazem feliz todo o dia: @manhasdesabado @fakebricks @Itwasnotmemom @annimago @banalex2 @StelaIshitani @gscapol @_theblackqueen. E também a Anna Carolina, a Ana Luisa Dessoy Weiler e a Katherine. Eu amo vocês. s2

sábado, 17 de julho de 2010

Disappear




Quando você pensa que não há solução. Quando a saudade aperta. Quando os olhos ficam marejados ao observar o vazio dos seus dias. Quando você sente que algo está tremendamente errado. Quando você quer acertar as coisas, mas elas parecem não querer se resolver. Quando o que te dava alegria, vira uma coisa superficial. Quando sua vida vira uma canção monótona. Quando o que era engraçado, não te faz mais sorrir. Quando tudo que você quer é a solidão. Você ri quando quer chorar. Quando suas músicas preferidas, se perdem no ritmo da sua própria melodia. Quando sua alma grita e implora por mudança. Quando realmente tudo parece estar perdido, a vida continuará, como sempre. Ela não esperará que você reconstrua seu coração para prosseguir. Ela arrastará as boas e as más lembranças. O tempo destrói. O tempo apaga. É como um ar gelado que apaga os desenhos na areia. É como uma alma corrompida que vaga sem ser vista. É como o chão que desaba, a terra que treme, o mar que afoga. Mas é, principalmente, o coração que bate, a alma que sorri, a imensidão que vira partícula.
Já parou pra pensar em como seis bilhões de almas podem estar cantando o mesmo sofrimento? A história é sua, o ponto final também. Não creio que viver sozinho é a solução. Pelo contrário. Mas quando a história tiver seu fim, você que vai ser responsável pela mensagem que ficará na lembrança de quem lê.

sábado, 3 de julho de 2010

Painting flowers



Não sabia onde eu estava. A única coisa que eu tinha certeza, era de que estava perdida. Caminhei lentamente pela calçada feita de tijolos que parecia ter sido colocada magicamente entre as árvores densas. O meu vestido, comprido ao ponto de arrastar até o chão, não parecia me aquecer o suficiente, por isso a brisa fresca me deixava arrepiada. Olhei para o vestido que eu trajava: todo branco, com alguns detalhes em prata, parecia ter saído de algum conto de fadas. Porém, diferentemente de qualquer conto de fadas, eu tampouco era uma princesa. Não estava feliz, estava à beira das lágrimas. Mas não era o fato de estar perdida que me incomodava. O que me desolou, foi o fato de eu não ter a menor idéia de como havia chegado ali e como suprir o vazio que apertava meu peito e marejava meus olhos. Não havia subterfúgio.
Deixei me levar pela brisa fresca e fui em direção aos raios de sol. Eles me guiaram até o lugar mais lindo que eu já havia estado. Muitas flores. Todas rosas brancas, que me inebriaram com seu perfume estonteante. Me senti hipnotizada e, logo, não quis mais sair dali. Queria ficar perdida para sempre naquele lugar mágico. Não queria mais voltar para minha realidade.
Ouvi vozes inteligíveis sobre o meu ombro, mas não havia ninguém. Segurei uma das rosas na mão, era como se eu tivesse nas mãos uma alma; porém, não consegui ver aquele campo de rosas tão vazio, tão abstrato. Olhei para o chão e, atirado sobre a terra, havia um pincel e algumas tintas. Hesitei, mas acabei abrindo a tinta vermelha e seu cheiro forte chegou rapidamente até mim. Delicadamente, mergulhei a ponta do pincel na tinta. Após este primeiro movimento, parecia que eu sabia exatamente o que deveria fazer. Segurei a rosa com cuidado, enquanto a pintava com a tinta vermelha. Logo, ela estava completamente tingida. Fiz o mesmo com as outras, com cores diferentes. Quando terminei de pintar a última, a tinta acabou. Era como se houvesse quantidade suficiente somente para aquelas rosas. Sorri, observando o campo colorido.
Puxei para mim a última rosa a qual pintara. Observei-a de perto e atravessei o campo com ela na mão direita. Vaguei para longe do campo. Havia muitas árvores no caminho a qual eu passava, mas a calçada não terminava. Comecei a ficar agoniada com o caminho que nunca tinha fim. Corri desesperada, com a rosa na mão e o vestido arrastando desconfortavelmente. Cai aos prantos, pois o vazio que eu sentia ainda não havia ido embora. Desorientada, tropecei sobre um galho que invadia a calçada. O baque forte fez com que a rosa rolasse para longe e minha mão começasse a sangrar, por ter me apoiado sobre ela, evitando uma queda maior. Assustada, passei a mão sobre o vestido, notando somente depois que o vestido havia ficado tingido de sangue. Levantei depressa, sobressaltada com o rumo que as coisas haviam tomado. Há alguns minutos, eu estava totalmente feliz pintando flores. Agora me sentia completamente perdida. Eu estava cansada de tudo isso. Como voltar a ser o que eu era? Como voltar para a realidade?
Corri para o lado oposto, deixando a rosa tingida para trás. Continuei correndo até ultrapassar todas as rosas que, agora, eram coloridas. Não quis continuar com aquele vestido de princesa. Aquela não era eu. Queria voltar a ser quem eu sempre fui. Fechei os olhos, implorando para tudo voltar ao normal. Porém, quando voltei a abri-los nada havia mudado. Somente senti um volume maior por baixo do vestido branco. Despi o vestido e, agora, por baixo dele estava vestida com as minhas roupas normais. Definitivamente, eu não era mais uma princesa. Os colares de pérolas que usava se desmancharam sozinhos, só pude ouvir o barulho das pérolas tilintando pela calçada de pedra. A pequena coroa que jazia sobre meu cabelo caiu ao chão, quebrando em diversos pedaços.
Qualquer garota se sentiria triste por deixar de ser uma princesa. Eu, pelo contrário, abri um sorriso reluzente. Agora eu era eu mesma, sem máscaras e disfarces. Continuei correndo pelo caminho oposto ao que estava antes, sabendo que logo estaria em casa, levando um sorriso confiante.
Acordei arfando, me sentindo cansada e assustada. Eu estava deitada sobre a minha cama, acordando de um sonho incrível. Senti algo em minha mão e quando olhei para ela, lá estava a flor do meu sonho, tingida de vermelho. Sorri involuntariamente.


Diferentemente do que eu costumava postar, hoje publiquei um dos meus contos aqui. Ele é baseado na música Painting Flowers do All Time Low, que é trilha do filme Alice in Wonderland. Embora não tenha muito a ver com a história, essa música me inspirou pra escrever esse conto. Se pararmos pra pensar, as situações desse conto não são muito diferentes do que as que costumamos viver. Obviamente, não ficamos perdidas em um lugar mágico trajando um vestido de princesa, mas por vezes nos sentimos presos dentro da nossa própria realidade, desejando estar dentro de um conto de fadas onde as coisas costumam ser mais fáceis. Também não saímos por aí pintando flores. Mas podemos deixar o mundo colorido de outras maneiras. Poderemos cair e sangrar, mas o importante é levantar e seguir adiante. O ideal seria que esse "pintar flores" metafórico não se fizesse presente apenas nos sonhos. Você não precisa viver em um conto de fadas para transformar o mundo em um lugar mais bonito.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Do you know the love?




Lamento informar-lhes que quem escreve hoje aqui não é a Ana. Achei que seria justo eu roubar a cena, exatamente como faço com o seu coração e sanidade. Você provavelmente já deve saber com quem está falando. Meu nome é Amor. Não gosto no que transformaram o meu nome. Parece que não posso nem me apresentar sem dar ares de clichê a quem sou. Converteram minha existência para remeter a um bilhão de coisas. Sei que quando você escuta a palavra “Amor”, sua cabeça vaga para filmes de romance ou situações que você viveu ou adoraria viver. O problema mesmo é que quase todos os meus verbos ficam no subjuntivo. Eu mesmo sou uma dúvida pronta. Erra quem diz que sou a razão de tudo. Não sou a razão, não sou início nem fim. Sou a interrogação, sou o meio que te leva a cometer as mais alucinantes loucuras, coisas que você jamais faria se eu não tivesse lhe domado. Desculpe minha presunção, mas sim: eu tenho poder de te controlar. Sou capaz de te fazer ver tudo por outro ponto de vista.
Outra das minhas capacidades é fazer você ter a impressão de que tudo é o fim do mundo, quando na verdade, não passa de uma pedrinha brita no meio de um rochedo. Humildemente, queria te pedir desculpas por todas as vezes que posso te fazer chorar. Lembrando que nem sempre chorar é apenas verter lágrimas... Quantas vezes podemos sentir nossa alma chorando e tentar ignorar a dor e o aperto no peito? Porém, sinto que estamos quites. Por todas as vezes que lhe fiz sorrir. Um sorriso bobo, em sua maioria. Daqueles que valem a pena e são dignos de cinema. Claro que nem o melhor ator do mundo saberia interpretar fielmente o brilho no olhar de quem me sente por perto. Você deve saber... Quase todo mundo pelo menos uma vez na vida já sentiu isso.
Quer saber um segredo meu? Costumo ser teimoso. Infiltro-me na alma que mais veementemente procura dizer que nunca amará nada nem ninguém. E vice-versa. Quando me chamam demais, saio de perto. Gosto de ser uma figura inesperada. Você provavelmente me encontrará aonde menos imagina.
Costumo ser insistente também. Faço você esquecer todo o resto do mundo para só lembrar-se de mim. Não quero exclusividade. Apenas sinto o desejo de ser vivenciado. Não gosto quando me trancam no mais obscuro porão da alma. E se você soubesse, caro leitor, o número exagerado de pessoas que fazem isso...
Termino essa pequena invasão com uma frase dos Beatles “All you need is Love.” Sempre gostei que as músicas falassem por mim. Acho que elas sabem expressar bem quem eu sou. Talvez até melhor que eu mesmo. Porque sei que palavras são insignificantes perto do que ocorre quando escolho minhas vítimas. Se você conseguir escutar a batida da música, entendê-la e senti-la, quem sabe também poderá escutar a batida do próprio coração.

sábado, 1 de maio de 2010

Cold, snow and rain



Amo dias chuvosos. Gosto de ver a chuva batendo calmamente contra a janela, as gotas dançando calmamente pelas vidraças até sumirem do meu campo de visão. Gosto de embaçar o vidro com a minha respiração. Gosto de desenhar com a ponta dos dedos no vidro embaçado. Diferente da maioria das pessoas, não costumo escrever meu nome no vidro. Faço desenhos que me remetem a dias ensolarados. Um sol. Uma flor. Rabiscos sem sentido. Um coração. Pedaços de vida. O que é a vida? Bom, ela é um rabisco. Alguns capricham no seu rabisco e o transformam em uma obra de arte. Outros, deixam o rabisco intocável. Esquecem de configurá-lo de acordo com o que lhes deixa feliz. Traços de uma vida. Rabiscos, apenas.
Amo dias frios. Eles são a desculpa perfeita para abraçar o maior número possível de pessoas. O frio aproxima. O frio aquece. Pode parecer contraditório, mas é isso mesmo. O corpo pode estar gelado, mas o coração está aquecido. E é isso que importa, enfim. Filme, cobertor, chocolate quente, abraços que aquecem.
Só não podemos esquecer de uma coisa: não deixe seu espírito congelar como as plantas cobertas pelo orvalho: mantenha-o aquecido. Assim como o seu coração. Pode ter certeza que desse jeito, você não passará frio nesse inverno. Aproveite a chuva e os dias gelados, enquanto deixa seu coração na mais ensolarada praia que tiver em mente. Capriche no rabisco da sua vida. Vale a pena.

domingo, 18 de abril de 2010

About the past




Você já olhou para suas próprias fotos e não se reconheceu? Já teve a sensação de que aquela pessoa sorridente não era você? Que aqueles momentos estão tão distantes, que você tem a impressão de que nunca foram vividos?
Não deixe as fotos envelhecerem. Fotografe novas e diferentes. Ouse. Não repita os mesmos erros. Só deixando o passado para trás que você encontrará quem você é hoje. Afinal, se aquele momento passou é porque deveria ter passado. Não o traga de volta lamentando o que você fez ou deveria ter feito. Construa o seu próprio amanhã.
Porque, afinal, agora percebo que sou eu em todas essas fotos. Cada marca que está ali. É a mesma pessoa de ontem, hoje e amanhã. Será?

quarta-feira, 7 de abril de 2010

I don’t wanna waste my time


Tudo que eu não quero é ver a minha vida passar sem antes eu ter realizado meus sonhos. Não quero apenas “ter existido”. Queria que depois que tudo acabasse, as pessoas lembrassem-se de mim como alguém que marcou. Alguém que acrescentou algo ao mundo. Alguém que mudou uma trajetória, um caminho. Não quero perder meu tempo. Sinto a necessidade de transformar, mudar, alterar.
Não quero ter a certeza de que fui arrastada pelo fantasma do conformismo. Quero mudança. Elas, inicialmente, assustam. Eu sei. Mas são necessárias. A vida perde a graça quando cai na rotina.
Não me conformo em ser apenas mais uma pessoa no mundo. Não quero me perder entre os bilhões que já pisaram neste mesmo solo. Quero mudança. Quero um mundo mais colorido. Chega de preto e branco.
Quero a vida com mais cor.
Quero construir meu próprio arco íris.
Alguém aí tem tinta e pincel?


A música que deu título a essa postagem é Fat Lip - Sum 41.

quarta-feira, 3 de março de 2010

I need a dream


Já fui justamente chamada de sonhadora. As pessoas costumam dizer que eu sempre espero demais das oportunidades, do dia-a-dia e das pessoas. Obviamente, frequentemente essa busca é inútil. Na maioria das vezes, acabo me decepcionando. Porém, podem me chamar de boba ou o que for: eu gosto de ser assim. Gosto de acreditar que algo diferente e bom irá acontecer e que isto me tirará da rotina. Enfim, gosto de sonhar.
Que graça teria a vida, se nos sujeitarmos com tudo que nos é imposto e esquecermos de nossos desejos e ambições? Não quero ver a minha existência passar diante dos meus olhos como um meteoro que me cega e não me deixa mais ver a luz dos meus sonhos e vontades.
Sinceramente? Podem até dizer que eu vivo em um mundo que não existe - o mundo das ilusões - mas diante disto, eu afirmo: tentarei o máximo possível para que essas ilusões se transformem em realidade.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Fiction



A vida real é complicada. Seria tão mais fácil viver dentro de uma novela ou de um filme, onde quase sempre temos a garantia de um final feliz. A protagonista da ficção sempre é completamente boa, justa e sem nenhum sinal de maldade. Há também a vilã, que é o completo oposto e que apresenta um caráter questionável, sem compaixão ou bondade. Bom, e quem são os protagonistas da vida real? São uma junção dessas duas personalidades. Ninguém é só bem ou só mal. A realidade vai muito além disso.
Dificilmente na vida real, haverá alguém que nos deteste como os vilãos de filmes. Também dificilmente poderemos descobrir depois de anos que somos adotados ou que temos super-poderes. Mas quem disse que, apesar de isso não acontecer, a vida real é tão fácil? A vida real é muito mais cruel. Não tem um vilão nos perseguindo e querendo a nossa morte, mas temos que aprender a lidar com os pequenos problemas do dia-a-dia. E estes, são por vezes muito piores do que qualquer vilão. Dificuldade é ter os sonhos destruídos, ver que há gente morrendo de fome, ver crianças nas ruas, ver adolescentes rebeldes vendendo mobília da própria casa para comprar drogas. Dificuldade é ver o mundo tremendo diante de abalos naturais, pessoas morrendo com os terremotos, tsunamis, tornados e tempestades arrasadoras. Dificuldade é ver bebês sendo abandonados em sacos de lixo, é ver a esperança acabar, é ver o brilho sumir dos olhos. Isso é dificuldade.
Ou quem sabe a vida real seja fácil mesmo. Nós é que complicamos.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

I miss you



"A saudade é a maior prova de que o passado valeu a pena."
Pode até ser que a saudade seja mesmo uma prova de que o passado foi gratificante. Mas ela machuca. Dizem que o ódio é o pior sentimento, mas eu contesto essa teoria. O ódio é um sentimento controverso, porém sincero e provavelmente recíproco. A saudade, não. Ela traz um aperto no peito, uma sensação de perda e um efeito de inútil tristeza.
A pessoa sente seu coração dilacerar-se dia-a-dia, buscando o que ela perdeu. Comumente, esse vazio pode nunca ir embora ou ser explicado.
Admito que sou uma pessoa nostálgica. Isto está muito bem previsto no meu signo. Cancerianos são nostálgicos e se apegam ao passado. Nitidamente, posso perceber isso ao ver como me sinto a folhear velhos álbuns de fotos. Fico triste ao saber que aquele tempo passou.
Pior do que sentir falta de momentos decorridos, é sentir saudade de pessoas distantes. Sinceramente, se tem uma coisa que eu odeio nesse mundo é a distância. Não tem nada que atrapalhe ou incomode mais.
Quando esses sentimentos invadem minha alma, tudo que faço é buscar consolo no céu. Ele está ali, imutável, enquanto tudo acontece. Essas estrelas, são as mesmas que já me viram rir ou chorar e elas continuam ali, não importa o que aconteça. É uma pena que as pessoas ou os bons tempos da nossa vida não sejam eternos como o céu.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Underneath this smile




Seria ignorância de minha parte dizer que eu passo 24h por dia sorrindo. Não consigo ser feliz o tempo todo. Não consigo ficar sem demonstrar o que me inquieta, o que me preocupa, o que me faz ter vontade de jogar tudo pro alto. É terrível a sensação de que nada parece acontecer como você esperava. Às vezes, tenho a impressão que um furacão desestabilizou toda a minha vida e tirou tudo do lugar. O que antes fazia sentido, não faz mais. Não consigo esquecer o que eu preciso esquecer. Não consigo lembrar o que eu preciso lembrar. Busco uma razão para tudo e é perturbador pensar que nem tudo tem uma razão.
Sinto um aperto forte no coração, uma sensação de vazio. E o que me instiga é que não sei o que causa esse vazio. Mas tudo que eu procuro, tudo que eu necessito, é saber que eu estou fazendo a coisa certa, que tudo valerá a pena e que eu não me arrependerei de ter seguido certo caminho. Preciso de um motivo para estar aqui, para agüentar os desafios propostos pela vida.
Nem sempre um sorriso é sinônimo de felicidade. Pode ser apenas sinal de que cansei de chorar. Eu não quero lembrar as decepções, as tristezas e nem as angústias. Quero apenas sorrisos sinceros. É tudo que eu almejo.

"Underneath this smile,
My world is slowly caving in."

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

New year... New life?


Ver a data de hoje me assusta. Quatro de janeiro de 2010. Eu ainda escrevo equivocadamente "2008" nas folhas dos meus cadernos. O tempo passa assustadoramente depressa. Ainda me lembro tão nitidamente da primeira vez em que eu fui para a escola, e hoje já me sinto pressionada para escolher uma profissão. Eu queria muito poder parar o tempo. Desacelerar os relógios. Quando faço uma retrospectiva de tudo que tem acontecido comigo ultimamente, me sinto culpada por não ter aproveitado melhor épocas mais fáceis da minha vida. É, o tempo é um mecanismo cruel. Além de nos arrastar junto com ele, não permite que possamos voltar atrás e modificar o que constatamos estar errado depois de refletir.
No reveillon, enquanto assistia a queima de fogos, minha mente vagava pelos caminhos que passei no recém terminado ano. Foi um ano de tantos acontecimentos e embora eu não possa dizer que nenhum deles "mudou minha vida", fico feliz por saber que eles aconteceram (ou não), e deixaram lições para mim. Enquanto os fogos coloridos enfeitavam o céu limpo daquela noite, fiz meus pedidos. Tenho muita esperança de que eles se realizem. Aliás, esperança é uma coisa que eu não largo mão. Antes de terminar o dia, eu ainda acreditava que ia ganhar na Mega-Sena. Bom, não ganhei. Acho que isso seria pedir demais, né? Acho que tem coisas mais importantes do que isso e que eu tentarei realizar neste ano. Há um 2010 inteirinho pela frente.
Então, queria desejar para todos que leem meu blog, um ano cheio de felicidades proporcionada pelos pedidos que vocês fizeram. Se a gente não acreditar, quem os fará se tornarem realidade? ;)