sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Asleep

Sobre a saudade que tenho de ti.

Claustrofóbica, que me devora como uma cadeia cavernosa para dentro da escuridão inescrutável. Dolorosa, como uma ferida que nunca cicatriza: uma marca eterna do que é viver sem ti. Impaciente, como uma criança que não consegue dormir sem o seu urso de pelúcia. Amaldiçoada pelo céu e pelo inferno, uma busca incontida que nunca chega a lugar algum. Imortal, mais longa que a eternidade, mais certa do que o nascer do dia.

Engolfa minha alma como belas chamas azuladas, quentes como se fossem pedaços do sol. Meu eu mais intransponível, minha luz mais inatingível, que reluzem e queimam em um espetáculo de dor e indagação.

Adeus de novo, amor.