Sobre a saudade que tenho de ti.
Claustrofóbica, que me devora como uma cadeia cavernosa para dentro da escuridão inescrutável. Dolorosa, como uma ferida que nunca cicatriza: uma marca eterna do que é viver sem ti. Impaciente, como uma criança que não consegue dormir sem o seu urso de pelúcia. Amaldiçoada pelo céu e pelo inferno, uma busca incontida que nunca chega a lugar algum. Imortal, mais longa que a eternidade, mais certa do que o nascer do dia.
Engolfa minha alma como belas chamas azuladas, quentes como se fossem pedaços do sol. Meu eu mais intransponível, minha luz mais inatingível, que reluzem e queimam em um espetáculo de dor e indagação.
Adeus de novo, amor.
Um comentário:
Já disse adeus para pessoas e coisas como pessoas e coisas já me disseram adeus. Mas a saudade, ah, ela não sabe o que é adeus, não sabe ir embora e nos deixar em paz. Ela é o adeus eterno, o adeus que mora na gente e não nos permite esquecer.
Em poucas palavras você disse muito mais do que muitos com milhares de palavras.
Muito bom!
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